quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Humor, operação, flato.

A escrita para humor não tem piada nenhuma. A escrita para humor é um exercício de dissecação das falhas humanas. Imaginar uma aula de humor é como imaginar uma operação às vísceras duma velhinha. Imaginar é fácil, mas dissecar verdadeiramente as entranhas duma piedosa idosa é um exercício de frieza e cálculo. Tudo isto, para culminar num labirinto, num embroglio intestinal, armação e conjugação de instestino, que faz com que a senhora, sempre que vá à casa de banho, tenha que ouvir uma sonata de Beethoven... Pobre velhinha, transformada num instrumento musical de sopro.

http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/grayhairfilemag.jpg

Sem comentários:

Enviar um comentário